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Coleiras, limpeza e vigilância: conheça a força-tarefa contra a leishmaniose em Araguaína

Com a chegada dos meses mais quentes e úmidos do ano, a Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria Municipal da Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), reforça o alerta à população sobre os riscos da leishmaniose visceral (LV). A doença é transmitida pelo flebotomíneo, conhecido como mosquito-palha, cuja presença aumenta nesse período, tornando a prevenção uma prioridade de saúde pública.

Mesmo com a redução no número de casos de 9 registros em 2024 para 3 até o momento em 2025 a Prefeitura reforça que os cuidados devem ser contínuos. “O controle da doença depende de todos nós. Medidas simples como o uso de coleiras repelentes em cães e a notificação ao CCZ salvam vidas humanas e animais”, destacou a secretária da Saúde, Ana Paula Abadia.

Ações de combate à doença

As equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) têm intensificado visitas em bairros prioritários para orientar moradores sobre limpeza de quintais, uso de repelentes, mosquiteiros e formas de evitar a exposição nos horários de maior atividade do mosquito (entardecer e noite).

Nos 35 bairros com maior incidência da doença, o Município realiza o encoleiramento de cães com coleiras impregnadas com inseticida, trocadas a cada seis meses. Também são feitos exames nos animais, e nos casos positivos, os cães são recolhidos, caso não haja interesse dos donos no tratamento.

A legislação municipal proíbe a criação de galinhas e chiqueiros na zona urbana para evitar a proliferação do mosquito. Além disso, a rede de saúde oferece diagnóstico e tratamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com ações educativas em escolas e comunidades.

 

O que é a leishmaniose visceral?

A leishmaniose é uma doença parasitária grave que pode afetar humanos e animais. É transmitida pela picada do mosquito-palha infectado após se alimentar do sangue de um cão doente. Entre os sintomas nos humanos estão febre prolongada, fraqueza e aumento do baço e fígado. Nos cães, é comum a queda de pelos, feridas e emagrecimento.

Não há vacina para humanos, por isso, o controle do mosquito e a proteção pessoal e animal são fundamentais. Repelentes, roupas compridas e manter os quintais livres de matéria orgânica são ações importantes.

Bairros com encoleiramento ativo:

Entre os bairros que recebem as coleiras repelentes estão: Parque Bom Viver, Setor Barros, Costa Esmeralda, Jardim Primavera, Araguaína Sul, Raizal, Vila Goiás, Imaculada Conceição, Céu Azul, Residencial Cazarotto, Setor Tocantins, Setor Maracanã, Setor Palmas, entre outros.

A Prefeitura reforça o apelo para que a população colabore com as equipes de saúde, mantenha os quintais limpos e permita o acesso dos agentes para aplicação das medidas preventivas. O combate à leishmaniose é uma responsabilidade coletiva e contínua.