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Mulher pediu ajuda da irmã para ocultar corpo de empresário morto em Araguaína, revela investigação da Polícia Civil

A investigação que resultou na prisão de Rejane Mendes da Silva, de 45 anos, apontada como autora do assassinato do empresário José Paulo Couto, de 75 anos, revelou novos desdobramentos sobre a dinâmica do crime e a tentativa de ocultação do corpo. Segundo a Polícia Civil, Rejane pediu ajuda à própria irmã, uma mulher de 43 anos, para esconder o cadáver da vítima, jogado sob uma ponte na em Araguaína.

O delegado Adriano Carvalho, responsável pelo caso, explicou que, após matar o empresário, Rejane entrou em contato com a irmã solicitando auxílio direto para esconder o corpo. A mulher teria ajudado no transporte e descarte dos restos mortais da vítima, que foi localizado enrolado em tecidos e carpetes debaixo de uma ponte na Avenida Frimar, entre o setor JK e a TO-222. A irmã agora também é formalmente investigada por participação na ocultação de cadáver.

Relacionamento e crime premeditado

Rejane e José Paulo Couto mantinham um relacionamento pessoal. Conforme o delegado, o crime foi motivado por uma discussão relacionada à redução de um auxílio financeiro mensal que o empresário repassava à suspeita. Ele teria manifestado a intenção de encerrar o vínculo com Rejane e cortar a ajuda financeira. A mulher, inconformada, teria então planejado e executado o homicídio.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a causa da morte foi asfixia mecânica por estrangulamento. Também foram identificadas perfurações de faca, cortes profundos no pescoço, fratura no punho e outras lesões compatíveis com tortura, indicando requintes de crueldade.

A polícia informou ainda que antes de cometer o crime, Rejane imobilizou e amarrou a vítima. Após o homicídio, além de contar com a irmã para ocultar o corpo, ela descartou o celular e as joias da vítima. A tentativa de encobrir os rastros incluiu também o abandono do veículo de José Paulo uma picape Renault Oroch em um terreno baldio no setor Dom Orione. O carro foi deixado no local por um terceiro, que teria sido enganado por Rejane com a desculpa de que havia comprado o veículo e não sabia dirigir.

Prisões e andamento das investigações

Rejane Mendes da Silva foi presa temporariamente por decisão da 1ª Vara Criminal de Araguaína. O prazo inicial da prisão é de 30 dias, podendo ser prorrogado. O celular da investigada foi apreendido para análise e o inquérito deverá ser concluído nos próximos dias. A irmã de Rejane segue sendo investigada, podendo também responder judicialmente pelo crime de ocultação de cadáver.

A Polícia Civil segue com as diligências para apurar se houve a participação de outras pessoas e entender todos os detalhes que cercam o caso, considerado de grande repercussão em Araguaína. José Paulo Couto era conhecido na cidade por sua atuação no ramo da construção civil e por ter sido candidato a vice-prefeito em 2016. Sua morte causou grande comoção na comunidade.