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Prometiam limpar a alma, mas limparam o bolso: mãe e filha são procuradas por golpes espirituais

REDAÇÃO

A Polícia Civil do Tocantins está à procura de duas mulheres acusadas de enganar vítimas com supostos rituais espirituais. Pamela Nicolete Estefano, de 37 anos, e sua mãe, Maria Nicolete, de 63, estão com mandados de prisão em aberto e são investigadas por aplicar golpes que somam mais de R$ 48 mil.

De acordo com as investigações, mãe e filha se apresentavam como líderes religiosas, vestidas com roupas típicas, como saias rodadas e turbantes, e se diziam capazes de realizar rituais para atrair prosperidade, quebrar maldições e afastar energias negativas. Para convencer as vítimas, usavam um discurso emocional e prometiam resolver problemas pessoais e financeiros com a ajuda do mundo espiritual.

Em um dos casos apurados pela Polícia Civil, uma das vítimas foi convencida a vender a própria casa e entregar R$ 12 mil, acreditando que o dinheiro seria apenas "emprestado" para um ritual de limpeza espiritual. Em outro, uma mulher transferiu mais de R$ 36 mil, acreditando que o valor a protegeria de um feitiço e a ajudaria a ganhar na loteria. Após receberem os valores, as suspeitas desapareceram.

As vítimas procuraram a polícia e reconheceram as suspeitas por meio de fotografias. As contas bancárias utilizadas nos golpes estavam em nome de Pamela Nicolete. Segundo a polícia, a dupla já responde por outros casos semelhantes registrados em cidades do Tocantins e também nos estados de Rondônia e Mato Grosso do Sul, o que indica uma atuação recorrente e bem articulada.

Diante da gravidade dos fatos e do risco de que novas vítimas sejam enganadas, a Justiça determinou a prisão preventiva das duas mulheres.

A Polícia Civil pede ajuda da população para localizá-las. Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro de Pamela ou Maria pode entrar em contato com a 11ª Delegacia de Polícia de Araguatins pelos números (63) 98118-9091 ou (63) 3474-2155. As denúncias podem ser feitas por telefone ou WhatsApp e o sigilo é garantido.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gilmar da Silva Oliveira, a dupla se aproveitava da fé e da confiança das vítimas para aplicar os golpes. “Essas mulheres enganaram pessoas com promessas falsas e causaram prejuízos emocionais e financeiros. É importante que mais vítimas denunciem, e que a população nos ajude a localizá-las”, afirmou.