Exoneração de aliado de Eduardo Siqueira gera crise e expõe racha político na Prefeitura de Palmas

A exoneração do secretário-chefe do Gabinete do Prefeito de Palmas, Carlos Antônio da Costa Júnior, agitou os bastidores políticos da capital nesta segunda-feira (1º). O afastamento foi determinado pelo prefeito interino, Carlos Velozo, apenas um dia após ele afirmar publicamente que não faria mudanças na equipe de governo.
Além de Carlos Júnior, o procurador-geral do município, Renato de Oliveira, também foi exonerado. Ambos eram homens de confiança do prefeito Eduardo Siqueira Campos, afastado judicialmente do cargo desde a última sexta-feira (27).
A decisão pegou aliados de surpresa e foi interpretada como um rompimento precoce da aliança política que havia sustentado a gestão de Eduardo Siqueira até seu afastamento. Em nota divulgada à imprensa, Carlos Júnior lamentou a postura do interino:
"Estranha a mudança repentina de postura, apenas um dia após o próprio prefeito em exercício dizer a todos os secretários e presidentes de autarquias que não haveria mudanças. A prática contradiz o discurso, levantando dúvidas sobre a fragilidade de uma aliança política que se mostra desfeita tão rapidamente", afirmou.
Carlos Júnior também agradeceu a confiança do prefeito Eduardo Siqueira e declarou que, a partir de agora, seu foco será lutar pela liberdade do amigo e líder político:
"Cargos públicos são passageiros. O mais importante neste momento é que a justiça devolva a liberdade ao prefeito Eduardo Siqueira Campos. Desde a última sexta, a prioridade é a devolução de Eduardo ao seio de sua família".
A exoneração teria sido motivada por uma articulação do partido Agir, ao qual o prefeito interino é filiado. A medida, no entanto, sinaliza um redesenho no comando político da capital e aprofunda a crise interna gerada após o afastamento de Eduardo Siqueira.
A Prefeitura de Palmas ainda não se manifestou oficialmente sobre o motivo das exonerações.