Suspeito de agredir e manter companheira em cárcere privado morre em confronto com policiais

Um homem de 25 anos morreu após entrar em confronto com a Polícia Militar na noite da última terça-feira (24), em Pindorama, região sudeste do Tocantins. Ele era suspeito de agredir e manter a companheira em cárcere privado dentro da casa onde viviam. A ocorrência foi registrada por volta das 22h, durante ação da Força Tática do 13º Batalhão da PM.
Segundo a Polícia Militar, a corporação recebeu denúncias de que uma mulher estaria sendo mantida em situação de violência doméstica, com restrição de liberdade. A Força Tática foi acionada e se deslocou até o endereço informado. Como o imóvel não possuía muro, os policiais entraram no quintal e bateram na porta. Foi quando ouviram um grito vindo de dentro da casa, o que motivou a entrada imediata da equipe.
No interior do imóvel, os militares encontraram a vítima em estado de desespero, com um ferimento na perna e dificuldade de locomoção. Ela apontou para um cômodo, indicando que o companheiro estava escondido atrás da porta. Segundo a PM, os policiais tentaram verbalizar para que o suspeito se rendesse, mas ele reagiu, sacou uma arma de fogo e atirou contra a equipe.
Diante da agressão, os militares revidaram e atingiram o suspeito com disparos. Ele foi socorrido pela equipe de saúde de Pindorama e encaminhado ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois. O corpo foi removido pelo Núcleo de Medicina Legal de Porto Nacional, onde passou por exames necroscópicos.
A mulher foi atendida no posto de saúde da cidade e, em seguida, encaminhada à delegacia para prestar depoimento sobre o caso. Ela relatou ter sido vítima de agressões e mantida em cárcere contra a vontade.
Durante a ocorrência, os policiais também apreenderam no local uma arma de fogo, porções de substância análoga ao crack e à cocaína, sementes de maconha (cannabis sativa), uma balança de precisão e cerca de 200 sacos plásticos do tipo ziplock, geralmente utilizados para embalar drogas.
O caso foi registrado, preliminarmente, como morte por intervenção de agente do Estado. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a investigação ficará sob responsabilidade da 81ª Delegacia de Polícia de Ponte Alta do Tocantins, que irá apurar as circunstâncias do fato.