Categories: ARAGUAÍNA

Cão resgatado em estado grave morre após maus-tratos em Araguaína; tutor será denunciado ao MP

Um caso grave de maus-tratos a animais mobilizou órgãos de fiscalização e controle em Araguaína. A ocorrência começou quando uma clínica-escola de veterinária denunciou à Coordenação Municipal da Causa Animal que um cão, internado por 35 dias, foi retirado pelo tutor antes de concluir o tratamento e sem pagar as despesas.

Após perder contato com o responsável, a clínica recebeu a informação de que o animal estaria em uma chácara. No endereço, fiscais encontraram o cão extremamente debilitado, sem acesso à água, coberto por moscas e formigas. O veterinário municipal solicitou apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que resgatou o animal. Diagnosticado com leishmaniose, ele não resistiu.

A Prefeitura registrou Boletim de Ocorrência e aplicará penalidades administrativas, além de encaminhar o caso ao Ministério Público do Tocantins. A coordenadora da Causa Animal, Alessandra Alves, reforça que a população deve denunciar maus-tratos, que incluem não apenas agressões físicas, mas também abandono, falta de alimentação, ausência de atendimento veterinário e condições inadequadas de abrigo.

O crime de maus-tratos está previsto na Lei Federal nº 9.605/1998, com pena de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição da guarda. Em Araguaína, a Lei Municipal nº 3.355/2022 também regulamenta a proteção e defesa dos animais.

As denúncias podem ser feitas de forma anônima à Fiscalização Ambiental, presencialmente na Prefeitura ou pelo telefone (63) 99976-7337, e também à Polícia Civil pelo número (63) 3411-7301.

 Leishmaniose em Araguaína
O município tem prevalência de 15% de casos de leishmaniose visceral canina. O CCZ realiza exames e encoleiramento de cães em 35 bairros prioritários, além de orientar a população sobre prevenção. Cães com sintomas como queda de pelos, emagrecimento e feridas que não cicatrizam devem ser levados ao CCZ para diagnóstico.