Com chapa praticamente definida, Laurez sinaliza 2026 com força política, disputa intensa pela vaga de vice e movimentações estratégicas em Araguaína
O cenário político do Tocantins para 2026 começa a ganhar contornos cada vez mais nítidos, com movimentações silenciosas, alianças sendo redesenhadas e uma disputa que promete mexer profundamente com o equilíbrio de forças no Estado.
Com a base consolidada na Assembleia Legislativa e presença crescente em agendas regionais, o governador Laurez Moreira já trabalha abertamente sua reeleição. A chapa majoritária, segundo fontes próximas ao Palácio, está praticamente definida. O primeiro nome ao Senado deve ser o do senador Irajá Abreu, aliado de primeira hora e figura constante nos eventos do governo. Sua atuação no primeiro escalão reforça sua posição privilegiada na estrutura política que sustenta a gestão Laurez.
A segunda vaga ao Senado também caminha para um consenso. O deputado federal e presidente estadual do Progressistas, Vicentinho Júnior, é apontado como o nome mais provável. Sua reaproximação com Laurez, ainda antes do afastamento de Wanderlei Barbosa, e declarações recentes demonstrando preferência pelo projeto do atual governador consolidam sua força na disputa. Vicentinho agrega apoio no interior, estrutura partidária e articulação nacional.
Embora a formação da chapa ao Senado esteja praticamente encaminhada, a escolha do vice-governador permanece como o ponto mais sensível e disputado da construção política para 2026.
A vaga de vice será de Araguaína, mas ainda não há definição. Nos bastidores há consenso de que o nome sairá do município, tanto pelo peso eleitoral quanto pela importância econômica e política da região Norte. Um acordo inicial apontava para o ex-prefeito Ronaldo Dimas, mas novas movimentações vêm alterando a configuração.
Aliados afirmam que Laurez tem buscado aproximação com Alexandre Guimarães, presidente estadual do MDB, que vive momento de fortalecimento político dentro e fora do Estado. Nos bastidores, comenta-se a possibilidade de convite para que Alexandre ocupe a vaga de vice. Os motivos apontados incluem a força do MDB, a articulação política de Alexandre e sua circulação nacional. No entanto, o MDB também pressiona internamente para que ele dispute o governo em 2026. Publicamente, Alexandre confirma apenas sua pré-candidatura ao Senado, mas não descarta outras possibilidades.
Outro fator central é a relação com a Assembleia Legislativa, especialmente com o presidente Amélio Cayres, que era pré-candidato ao governo no grupo de Wanderlei Barbosa e mantém grande influência sobre os deputados. Laurez precisa manter esse alinhamento para evitar fissuras em sua base política.
A possibilidade de retorno de Wanderlei Barbosa ao comando do governo ainda é discutida, mas aliados do ex-governador demonstram desânimo crescente com uma eventual reviravolta judicial.
A eleição de 2026 está sendo construída agora. Laurez entra na disputa com força, chapa majoritária quase definida e base política ampliada. A escolha do vice-governador, que será de Araguaína, será determinante para a estabilidade da articulação. Enquanto PSD e Progressistas se acomodam ao lado do governador, o MDB se posiciona como peça estratégica. Alexandre Guimarães, Ronaldo Dimas e setores da Assembleia movimentam-se em um tabuleiro político sensível, onde cada passo pode redefinir o futuro do Tocantins.
Tudo indica que 2026 será uma das disputas mais estratégicas da história recente do Estado, com Araguaína no centro das decisões.

