Pressão cresce e impeachment de Wanderlei pode sair da gaveta nos próximos dias
A terça-feira (21) foi marcada por intensa movimentação política nos bastidores da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto). Deputados estaduais passaram o dia em reuniões, trocando informações e avaliando cenários diante da crescente pressão para que o processo de impeachment do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) seja finalmente pautado.
Passados mais de 30 dias desde o afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o clima na Casa é de articulação intensa. Interlocutores próximos à presidência e aos líderes de bancada afirmam que a temperatura política subiu nas últimas horas, com a base governista e os grupos independentes tentando definir posições e estratégias.
Nos bastidores, cresce a percepção de que o governador em exercício, Laurez Moreira (PSD), tem fortalecido sua base política. Fontes afirmam que, nos últimos dias, Laurez ampliou o diálogo com parlamentares e reforçou apoios importantes dentro e fora da Assembleia ? movimento que estaria contribuindo para aumentar as chances de o tema avançar na pauta.
Outro fator que agitou o ambiente político foi a escolha, nesta segunda-feira (20), do ministro Nunes Marques como novo relator do processo que mantém Wanderlei Barbosa afastado, agora em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A definição reacendeu as especulações sobre os próximos passos do caso e sobre o impacto que uma eventual decisão da Corte poderá ter no cenário político do Tocantins.
Para que o processo de impeachment seja oficialmente aberto, é necessária a autorização do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres (Republicanos) aliado histórico e de primeira hora de Wanderlei Barbosa. Essa condição tem sido apontada como um dos principais entraves para o avanço imediato da pauta, já que o comando da Casa tem adotado postura de cautela diante da pressão crescente.
Com articulações a todo vapor e a pressão externa aumentando, o clima na Aleto é de expectativa. Parlamentares e assessores avaliam que os próximos dias serão decisivos para definir se o processo de impeachment, que até então estava em compasso de espera, finalmente avançará para votação em plenário.
